segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O primeiro encontro


Onde é transmitida a primeira impressão de um ambiente? De uma casa? E de um comércio?
De um comércio, será que se baseia apenas na fachada, ou na forma como ele interage com a rua, o entorno e os transeuntes – a cidade?
Em uma casa seria a forma de seu jardim ou de sua entrada?
E quando falamos de um ambiente torna-se cada vez mais difícil de definir esse conceito, pois quanto mais privado o espaço mais ligada às experiências e sensações pessoais de cada essa primeira impressão será.
Então o que nos encanta? O que nos faz parar a marcha da rotina diária e nos desperta para algo novo, belo, algo que nos encante?
Neste espaço falarei sobre assuntos relacionados à decoração, organização de espaços, arquitetura, assim como a nossa forma de morar e como nos relacionamos com os espaços. Hoje o assunto é o primeiro encontro.
Quer seja este encontro romântico ou algo como uma entrevista de um novo emprego e tantos outros primeiros encontros que temos, escolhemos cuidadosamente que roupa usaremos e tantos outros detalhes. Pensamos em como agiremos e o que falar. Tudo apoiado em uma mesma preocupação: a primeira impressão, se estamos transmitindo a informação correta, se o exterior está suficientemente alinhado com o interior, a fim de que sejamos compreendidos como queremos.
Quando pensamos em nossas casas a lógica é a mesma. Queremos criar espaços que além de fiéis a quem somos, sejam convidativos. Inclusive em um comércio o questionamento não é diferente: qual o lugar que gostaríamos de entrar?
Tanto para este dilema quanto para qualquer ponto de partida dentro da arquitetura e do design de interior, precisamos em primeiro lugar nos questionarmos e nos conhecermos. Apenas nos conhecendo verdadeiramente é que poderemos compor espaços que sejam “a nossa cara”. No caso de ambientes comerciais temos que entender bem o que queremos deste comércio, que tipo de público queremos atrair, conhecer nossos pontos fortes e também nossas fraquezas. Acima de tudo é necessário muita pesquisa, procurar imagens de ambientes e detalhes com que você se identifique. Leva tempo, é necessário paciência. Da mesma forma como nem sempre temos sorte de encontrar um grande amor no primeiro encontro ou o emprego dos sonhos na primeira entrevista, o mesmo vale para os detalhes que compõem nossas casas.
O que tem dentro é grande parte do que nos faz termos vontade de entrar num ambiente, a casa já velha de nossa avó nos atrai e muito, apesar de sua arquitetura desatualizada e desgastada, porque sabemos que dentro haverá café quentinho e outros momentos gostosos nos esperando. Da mesma forma o apê dos amigos ou as roupas lindas e o atendimento maravilhoso que você sabe que terá na loja que está ali na rua, lhe convidando a entrar. Então, fique tranquilo, você é o grande atrativo de sua casa. A arquitetura é uma extensão e complemento do seu charme.
Qual o lugar que gostaríamos de entrar foi o assunto de hoje. O lugar que gostaríamos de ficar e assunto para muitas outras conversas.

Um comentário:

  1. Ótimo texto Maria Alice, o cinza sem duvidas é uma ótima cor para um ambiente sendo uma cor neutra, porem possível de ser combinada com muitas outras cores, passando diferentes tipos de estilos. Podendo ser um ambiente quente ou frio, de acordo com a combinação dos moveis e objetos. Uma excelente escolha de cor quando não se deseja ter erros em um projeto. Parabéns pelo Blog.

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